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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

“UMA INSTITUIÇÂO CHAMADA FAMÌLIA” INTRODUÇÂO Ao falarmos desta instituição, que foi estabelecida pelo Criador devemos de entender a abrangência da complexidade do tema. Portanto, tenha sempre em mente alguns aspectos que ao entender-los corretamente, nos trarão luz. Entendo que o tema é intricado por vários motivos, vejamos alguns: 1-Esta instituição não é apenas uma organização, ela é um organismo vivo. 2-Está composta pelo ser humano, que por sua própria natureza é complexo. 3- Envolvem a necessidade física (colocada por Deus). 4-Se origina no estado emocional do indivíduo. 5-faz parte do propósito Divino referente à procriação. Você encontrará como sugestão, algumas diretrizes que o autor expõe com a humilde intenção de tornar a sua instituição (casamento) particular abençoada. Trata-se de uma lista de demonstrações das nossas emoções, para assim nos ajudar a descobrir nosso estado de felicidade. Vosso no amor de Deus. Pr.Julio Russo Professor de teologia Rio Grande do Sul FIRMANDO OS ALICÈRCES “É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e,vindo à enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída.” Lucas 6:48 O alicerce é a base sobre a qual se constrói uma casa, um edifício. Neste nosso tratado estaremos mostrando alguns “materiais” que nos darão a estrutura de um bom alicerce para a construção da nossa casa, (família). Alguns dos materiais são: Pessoas comprometidas com a família gastão tempo juntas. 1-Tem boa comunicação. 2-Expressam apreciação um ao outro. 3-Tem compromisso espiritual. 4-São capazes de resolver os problemas nas crises. Cada um destes itens proporcionaria a escrita de um livro, mas nos deteremos apenas superficialmente, aguçando ao amado leitor, a intenção de colocá-lo em prática. Gastar tempo com seu cônjuge, obviamente quer dizer, utilizar o tempo para estarem juntos. Muitas vezes gastamos nosso tempo com outras coisas e nunca sobra para estar com a pessoa amada. Por favor, passe o maior tempo possível com sua esposa (esposo). Já outras pessoas preferem gastar esse tempo em qualquer lugar menos em casa. Isto acontece, porque já se perdeu a vontade de estar juntos ou até já não existe mais o amor e a comunicação não é mais possível, pois as mágoas e o rancor,tomaram o lugar do amor. Analise você mesmo qual o seu estado atual. Ter boa comunicação, é manter uma conversa de forma bilateral, isto é dando oportunidade a outra pessoa se expressar. Nunca diga que você é aberto ao diálogo,quando sua conversa é unilateral,dito de outra forma só você fala e só você tem razão. Expressar apreciação um ao outro, é mostrar que você o (a) ama, é demonstrar sua apreciação com gestos e atitudes, pois farão com que seu cônjuge se sinta feliz ao seu lado. Ter um compromisso espiritual abrange o nosso viver para Deus, este viver tem dois aspectos: Pessoal e familiar Para que possamos atingir o objetivo familiar, primeiro deverá começar por nós mesmos. Isto significa que o meu viver pessoal com Deus determinará o meu viver espiritual em relação ao cônjuge. Nunca poderei transmitir algo que eu não vivo e nunca devo de esperar que o meu cônjuge faça quando eu não dou o meu exemplo. Portanto nunca esqueça: Eu devo crer. Eu devo viver. Eu devo fazer. No aspecto da espiritualidade familiar, nunca devemos de querer que o esposo (por decreto Divino) deverá ser o Sacerdote familiar, por favor, nunca inverta o papel. Portanto, cabe ao esposo tomar sempre a iniciativa de levar a família a Deus. Lamentavelmente esposos deixam esta parte a suas esposas. Saiba que isto desagrada ao Senhor. “E a mulher disse: Multiplicarei sobre modo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para teu marido, e ele te governará”. Gênesis 3:16 A interpretação deste texto tem causado muitas interpretações, mas em nosso item de “Compromisso espiritual” apenas queremos destacar a necessidade de que o esposo Cristão sempre deverá tomar a iniciativa de levar a sua família a um relacionamento verdadeiro com Deus. A capacidade de poder resolver os problemas em momentos de crises é muito particular, pois depende de uma série de situações: 1-Cada um dos cônjuges tem sua personalidade e caráter. 2-Cultura. 3-Estado emocional. 4-Costumes transmitidos na infância e criação. Aconselhamos que nos momentos difíceis, você peça o auxilio ao senhor Deus e o aconselhamento pastoral. Nunca comente os seus problemas com pessoas despreparadas. Depois de ter colocado os alicerces Agora podemos iniciar a construção propriamente dita. Para isto tomaremos o texto de Gênesis 2: 24-25, que nos revela o mistério de Deus para esta instituição. “Por isto, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Quando Deus criou o casamento, Ele o fez para que o homem e mulher pudessem completar um ao outro, em todas as suas necessidades físicas, espirituais, emocionais, intelectuais e sociais. Entendemos, portanto que este é o propósito de Deus ao estabelecer a instituição da família. O fato é que quando casamos trazemos toda a carga familiar que adquirimos em nossa criação. Normalmente não aprendemos que só devemos conservar essa herança familiar se ela for boa. Lamentavelmente muitas vezes ainda guardamos costumes que será prejudicial ao relacionamento conjugal. O primeiro passo, portanto é desprender-se dos costumes familiares, em alguns casos exige separação total. 1-Deixará pai e mãe._________separação. 2- Se unirá a sua mulher.________permanência. 3-Eles se tornaram uma só carne._________unidade. Significa que já não são dois e sim um. Esta união não é apenas simbólica, nem emocional ou de aparência. Ela se torna de fato uma unidade no ato sexual, pois há uma entrega e uma união física e emocional ao “fazer amor” e não apenas sexo. 4-Viviam nus, e não sentiam vergonha.________intimidade. Esta intimidade tem abrangência multidimensional. Entendemos por intimidade uma entrega total tanto na relação sexual como no diário viver. È interessante observar as Sagradas Escrituras. O Apostolo Paulo deixa bem claro esta questão escrevendo em 1 Coríntios 7:3-5. “O marido conceda a esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes a oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência”. Se nos diz aqui que não devemos de “privar-nos um ao outro, portanto nos dá a liberdade para que cada um viva com seu cônjuge a intensidade que a sexualidade nos proporciona, sempre na esfera do casamento. Intimidade também significa cumplicidade e só será possível desde que ofereçamos uma entrega total ao fazermos amor. Cônjuges dialoguem entre si e descubram o que faz feliz ao outro. A intimidade trará a tão desejada satisfação sexual que é uma das portas para ingressar na felicidade. Felicidade Mas ao fim de contas, o que é felicidade? Por causa deste desejo constante, pessoas vão até as últimas conseqüências para alcançá-la. Neste tratado, analisaremos este assunto, confesso que não é algo fácil de ser analisado, pois cada um tem a sua própria perspectiva referente a este tema. Usando as Sagradas Escrituras como bússola para este caminho, em santa reverência daremos nosso ponto de vista e interpretação pessoal. Considero que existem dois pontos que são de total prioridade para alcançar a felicidade pessoal e conjugal: 1-Amar intensamente a Deus. 2-Sua palavra. 3- Seu cônjuge. “Amarás, pois o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração;” Deuteronômio 6:5 Quem ama a Deus intensamente necessariamente amará a sua Santa Palavra e quando você ama a sua prioridade é agradar a quem ama,portanto ao amarmos Deus,guardaremos todas as observâncias escritas na sua lei. Ela nos diz que o amor sustentará a instituição familiar. Revela também que se amo Deus, devo amar a minha esposa (o) com a mesma intensidade. Talvez você diga: isto não é possível, veja o que as Sagradas escrituras nos dizem: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo ama. Não obstante, vos,cada um de persi também ame a própria esposa como a si mesmo, e a esposa respeite ao marido” Efésios 5:25-28,33. Queridos amigos o amor e tão somente o amor sustentará nossa união conjugal. “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufanas, não se ensoberbece. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desapareceram; havendo línguas cessaram; havendo ciência, passará. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor”.1Coríntios 13:4,8,13. 2-Viver no temor de Deus. Quando amo a Deus, sua palavra, e a minha esposa,sempre terei presente na minha vida o temor de Deus,por favor não confunda temor com medo,o medo não é de Deus, temos medo quando cometemos algo errado e estamos em iminência de sermos descobertos . Pessoas que não amam, morrem de medo de que alguém descubra o seu pecado. Mas o temor nos leva a não cometer pecado, porque amamos a Deus, sua palavra e a nossa esposa, você consegue ver e entender a diferença? Quando cometemos o pecado ativamos o medo. O temor produz em nós o antídoto para evitar o pecado. “O nome Quando se sentir tentado faça o que está escrito em:Provérbios 18: 10 do SENHOR é uma torre forte; os justos correm para ela e estão seguros”. Corra para se abrigar no nome do Senhor, saiba que na hora da tentação, os braços do Senhor estarão como um refúgio para que você esteja seguro. Entendo que a felicidade se constrói com sabedoria. Acompanhe comigo a revelação Bíblica sobre o assunto: “Com a sabedoria se constrói a casa, e com discernimento se consolida. “Pelo conhecimento seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável”. Provérbios 24:3-4. Sabedoria. Discernimento. Conhecimento. Os escritores Bíblicos não colocavam palavras porque tinham vontade, eles escreviam sob a inspiração do próprio Deus. Em cada palavra inscrita estava a vontade de Deus implícita, a fim de que, os leitores soubessem o que Deus estava querendo transmitir. Se descobrirmos os mistérios revelados nesta Escritura e os colocarmos em prática, eu vos declaro que desde o ponto de vista de Deus, seremos felizes. Sabedoria: Habilidade para ver com discernimento, mantendo uma ampla e acurada visão da vida. Seja sempre realista, em todas as situações, por mais difícil ou constrangedora que parece,em qualquer situação considere os dois lados da história e tenha sempre um espírito de: Edificar. Perdoar. Consolar. Discernimento: Habilidade para responder com percepção, através de uma consciência plena das situações. Em momentos de conflito tenha sempre uma sã consciência, não esqueça que ela é a voz de deus dentro de nós, e se nada nos acusa,tenhamos a percepção para trazer a paz e harmonia novamente ao nosso relacionamento,porém se a consciência nos acusa,tenhamos a coragem de dizer,por favor me perdoe, eu errei, não peça desculpa,peça claramente perdão,usando a palavra certa. Conhecimento: Disposição para aprender buscando interar-se dos fatos e entender seu significado, para viver em verdade continuamente. Dito de outra forma, esteja sempre disposto a mudar para melhor, nunca exija ou espere que o outro mude, quando você não está disposto a fazê-lo. Tenha suficiente humildade e disposição para mudanças, que proporcionaram um melhor relacionamento conjugal. Tenha Percepção O discernimento produz a percepção, portanto tenha cuidado: Quando você só critica.________ensina a condenar. Quando só se é hostil._________se ensina a se defender. Quando se ridiculariza._________ se traz vergonha. Quando se vive em vergonha.________se sente culpa. Mas se a sua percepção é constante, você verá que: Quando se sente elogio.________se aprende a apreciar. Quando se serve em lealdade._______se aprende justiça. Quando se vive em segurança.________ se aprende a ter fé. Quando se é aprovado.________ se aprende a gostar de si mesmo. Para finalizarmos faremos uma lista extensa das emoções que se manifestam quando nos encontramos em situações adversas ou que vão ao encontro de aquilo que nós desejamos ou esperamos de nosso cônjuge. Agressividade, afetividade, depressão aflição, ambivalência, angustia, ansiedade, antipatia, apatia, auto piedade, confusão, ciúme, constrangimento, culpa, desapontamento, decepsão, dúvida, egoísmo, empatia, euforia, epifania, fanatismo, frieza, frustração, gula, histeria, hostilidade, humilhação, interesse, indecisão, inveja, ira, isolamento, luxuria, mágoa, Mau-humor, medo, melancolia, nojo, nostalgia, ódio, orgulho, pena, piedade, preguiça, preocupação, raiva, remorso repugnância, resignação, saudade, soberba, sofrimento, Solidão, surpresa, susto, tédio, timidez, tristeza, vergonha. O tempo e o espaço não nos permitem analisarmos todas, entretanto daremos atenção a três manifestações, do nosso estado emocional, sendo elas: Ambivalência: Estado da pessoa em que se sente atraída por dois impulsos de sentido oposto, ficando na indecisão, de seguir este ou aquele. Ambas lhe aprecem e, como são opostas em sua dinâmica e naquilo que oferecem o sujeito não consegue satisfazê-lo concomitantemente. Entretanto, deixa-o num constante estado de tensão e indecisão, dividido em si mesmo, prejudicando-se visivelmente no que faze no que se propõe assumir e realizar. Histeria: Neurose caracterizada por perturbações passageiras da inteligência, da sensibilidade e do movimento, assim como sinais e sintomas permanente. Estado de loucura, excitação vivíssima. Epifania: Do grego “epiphaino” significa mostrar, aparição, manifestação. Conclusão Chegamos ao final deste tratado, não por ter-se esgotado o tema, muito pelo contrário, este assunto é mais vasto que a intensidade do mar, entretanto cremos ter despertado o interesse para o início de uma busca que deverá ser constante,afim de que nossos relacionamentos conjugais cumpram na sua essência o propósito Divino. Lembre-se que todo edifício começa pelo alicerce e quando ele não é bem fundamentado a tendência é que ele venha a sofrer rachaduras. Certamente essas rachaduras terão conseqüências que muitas vezes deixam seqüelas irreparáveis. Os profissionais na área da psicologia e do relacionamento conjugal elaboraram um tratado denominado “Reciliencia” a reciliencia tem a idéia de um material que quando submetido à grande pressão tem a capacidade de se esticar e logo voltar ao estado original. Muitas vezes os conflitos familiares nos “esticam” o Maximo que poderíamos suportar, entretanto temos que considerar que nós como humanos temos estrutura emocionais diferentes uns dos outros. Isto quer dizer, que alguns de nós poderemos administrar as crises sem que surja uma ruptura, enquanto que outros romperam a sua estrutura, ficando totalmente destroçados para sempre. Já alguns poderão suportar as pressões das dificuldades, todavia nunca mais serão os mesmos. Outros talvez tenham a capacidade de contornar a situação e permitir que tudo volte a ser como era no início. O que estou apresentando aqui pode parecer complexo de entender, porém se trata de algo simples, vejamos: Quando um dos cônjuges é submetido a pressões diárias no convívio, ele começa a acumular mágoas e rancores, outros sofrem em silêncio e começam a viver em angústia, da angústia a depressão a viagem é muito curta. Os que guardam rancor também fazem uma viagem muito rápida, para chegar a ira e exteriorizar-la de diferentes maneiras. Entretanto outros suportam tudo sem se manifestar abertamente, porem este caminho pode nos levar a: Traições, indiferenças, perda do interesse em todos os aspectos e por fim pode produzir até a separação. Como proceder, talvez você pergunte? Para esta resposta não existe uma fórmula mágica, mas o melhor a fazer é: 1-Tenha sempre um coração voltado para Deus. 2-Mantenha em equilíbrio o seu estado emocional. 3-Esteja sempre aberto ao diálogo, mas não esqueça diálogo bilateral e não unilateral. 4-Seja sempre um apaziguador (a) e não um especialista em atiçar fogo. 5-Nos conflitos e na hora das crises lembre-se, o amor é o balsamo que cura as feridas. 6-Esteja sempre disposto (a) a perdoar. “A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba. “O que anda na retidão teme ao SENHOR, mas o que anda em caminhos tortuosos, esse o despreza” Provérbios 14:1-2. Elevo uma oração ao Deus da minha vida para que Ele nas suas eternas misericórdias vos abençoe em todas as coisas, amem Bibliografia Bíblia Sagrada, revista e atualizada Tratado de Sociologia, Suzana Rocca Uma Fé Simples, Charles Swindoll O poder da Esperança Charles Swindoll Família Forte Charles Swindoll Pesquisas no Google Anotações do Autor Postado por juliocesarrusso@gmail.com às 10:46